Desde criança aprendemos que quando estamos em grupo ocupamos, algumas vezes, o lugar do líder e, outras vezes, o lugar do liderado. Crescemos convivendo e exercendo a liderança, diariamente, mesmo sem saber direito como se faz; seja sendo liderado pela mãe ou professor, seja liderando um grupo de amigos. O fato é que a liderança está conosco desde que nascemos, e aí vem a dúvida: ela é inata ou pode ser adquirida?
A liderança pode ser inata quando a pessoa já nasce com as determinadas competências para poder conduzir um grupo de pessoas. Todavia, se você não nasceu com essas características, poderá desenvolvê-las com paciência e persistência. E que competências são essas? Elas variam dependendo do tipo de liderança que irá exercer.
Para Daniel Goleman, existem seis estilos de liderança: o despótico, o visionário, o agregador, o democrático, o agressivo e o conselheiro.
Trocando em miúdos, o despótico exige o cumprimento imediato das ordens. Como diz um ditado popular: manda quem pode e obedece quem tem juízo. Já o visionário, mobiliza toda a equipe rumo a uma visão. É um líder estrategista, executando o hoje e planejando o amanhã. O agregador, como a própria palavra diz, é o que cria harmonia e estabelece vínculos emocionais entre as pessoas. O democrático é o que consegue o consenso por meio da participação de todos os envolvidos. O agressivo desenvolve altos padrões de desempenho e valoriza o desejo de superação da equipe. E o conselheiro, prepara as pessoas para o futuro. Também conhecido como coach.
E qual é o estilo ideal para exercermos uma boa liderança? Não existe um só. O ideal é que o líder tenha todos esses estilos, aplicando cada um deles em determinadas situações. O bom gestor não é aquele que aplica em qualquer circunstância o mesmo comportamento. Ele sabe adaptar sua estratégia de gerenciamento em função das soluções que encontra.
Muitas pessoas confundem gerenciamento e liderança, são sinônimos? Não. O gerenciamento significa planejamento, controle, organização e resolução de problemas imediatos. Por exemplo, quando você está em uma loja e não é bem atendido, você irá fazer sua reclamação com quem? Com o gerente da loja, que está ali para executar os objetivos organizacionais da empresa, ou seja, ter um excelente atendimento.
De acordo com Maxwell, exercer a liderança envolve projetar visão, enxergar novas formas de atuação e motivar pessoas para executarem tais projetos. No exemplo citado, o líder da loja pode ser o dono, que está voltado para a estratégia do negócio, ou seja, criar a visão e os objetivos organizacionais da empresa.
Mas, apesar de não serem sinônimos, a liderança e o gerenciamento precisam se unir em alguns momentos. Quando um gerente está no comando de sua equipe, ele precisará de certas competências para exercer um papel de líder. E vice-versa. Quando o líder precisa executar alguma ação, ele precisará gerenciar sua execução.
E assim, até o final dos nossos dias, nós seguiremos exercendo, alternadamente ou não, o papel de líder e o papel de liderado. E como já dizia Charles Darwin, “não é o mais forte da espécie que sobrevive nem o mais inteligente, é o que melhor se adapta à mudança.”